terça-feira, 31 de julho de 2007

Fazendo da dor uma lição

O sonho de um país desenvolvido somente poderá ser realidade com a mudança de visão de cada brasileiro e do conjunto da sociedade, e de investimentos na educação, infra-estrutura, modernização da gestão pública inclusive do Judiciário.O último acidente aéreo no Brasil tem, em meio à dor dos parentes e amigos que perderam seus entes queridos, o potencial detonador de uma reviravolta em todas as dimensões, políticas, econômicas e estruturais.Foi posto em xeque o comando político das questões aeroportuárias. Mais uma vez a combinação da incompetência administrativa, negligência e provavelmente, corrupção, coloca a todos os que necessitam voar nesse país em situação de risco iminente.Uma crise que denuncia a ausência de políticas de educação para o trabalho em setores estratégicos como o controle de vôos, daí a dificuldade para substituir e aumentar o quadro de controladores, uma das razões do caos aéreo.Do ponto de vista econômico a crise nos coloca na contramão dos resultados alardeados do nosso crescimento, pelo contrário, dá para se perceber que o problema aéreo atinge em cheio a indústria do turismo, interno e externo, e o comércio internacional que usa o transporte aéreo.Um país que investe tão pouco na educação fundamental e no ensino médio terá uma imensa dificuldade em romper com o ciclo de subdesenvolvimento, criando um impasse na absorção de uma juventude que necessita de emprego e renda.Numa sociedade do conhecimento a educação é o maior instrumento de mudanças e desenvolvimento.É urgente também que faça gestão profissional no setor público com a substituição dos velhos sistemas de cargos comissionados preenchidos através do jogo político das alianças e os do interesses eleitorais por critérios técnicos, especialmente por meio de concurso público, e até mesmo, porque não, para determinados cargos gestores escolhidos pelo mesmo processo de seleção dos executivos para a iniciativa privada, com contratos por metas e sem qualquer estabilidade.O judiciário também deve ser transformado, modernizado em termos de gestão, e também deve haver por parte do legislativo e contribuição para acabar os excessivos recursos judiciais e criar instrumentos do processo civil e penal que combatam a morosidade.É verdade, que tudo isto pode continuar sendo apenas um desejo, um sonho. Mas, o que seria da vida se não fossem os sonhos?

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