O neoliberalismo está moribundo. A crise nas bolsas de valores dos países mais ricos do mundo e a recessão nos Estados Unidos, Japão, Alemanha, além de outros mercados, são a prova de que o neoliberalismo não é a solução.
O mercado não conseguiu realizar a promessa de trazer desenvolvimento e felicidade. O Estado mínimo e a menor intervenção na atividade econômica estão descartados pela manifesta e nunca vista intervenção e ajuda de bilhões de dólares aos bancos e empresas que quebraram diante do fiasco do modelo econômico.
Enquanto os governos ajudam os bancos a não falirem a maior parte da população mundial não tem acesso sequer ao básico.
Os ricos precisam entender que somente com uma melhor distribuição da renda, com a saída de milhões de pessoas do estado de miséria em que se encontram e da promoção da capacidade econômica de milhões de excluídos.
Dividimos o bolo ou não haverá comensais. Todos perdem quando a perspectiva é de aumentar o fosso que separa os que possuem dos que nada possuem.
A divisão não pode ser apenas um artifício ou uma estratégia econômica. É preciso que se incorpore uma nova filosofia política, econômica e social. A filosofia baseada na solidariedade e no humanitarismo.
Explico. A solidariedade como base de um novo comportamento social capaz de reconstruir a sociedade a partir da co-responsabilidade. Todos são responsáveis por todos. Não há lugar para o egoísmo liberal, pois o preço desse egoísmo já está sendo cobrado com o desemprego em massa e com a falência de alguns dos grandes bancos mundiais.
O humanitarismo e não o humanismo, para destacar que não será o retorno ao humanismo nascido no iluminismo. O humanitarismo tem por fundamento a qualidade humana de ser solidário. Assim, não basta a solidariedade como ação é necessário refundar no gênero humano a qualidade humanitária.
O reflexo dessa nova postura trará com toda certeza implicações para a economia, para a política e para o direito.
O nosso primeiro passo é aceitar que o modelo atual acabou, faliu. O segundo é perceber que temos a responsabilidade de construir um modelo novo. Eis o desafio.
Lendo este seu artigo foi impossível não lembrar de uma sua. Certamente o humanitarismo é um caminho a trilhar com destinos sólidos e paupáveis. Parabéns!
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